No último dia do ano de 2012, a octagésima oitava corrida de São Silvestre contou com aproximadamente vinte e cinco mil participantes. Fui um destes milhares de corredores que lá estiveram. Completei a prova em uma hora, quarenta e oito minutos e dezenove segundos. Doze mil e cinquenta e nove pessoas cruzaram a linha de chegada, só então foi a minha vez de o fazer.
Ao final, fiquei com pena dos meus pés e das minha pernas, coitadinhos. Nunca corri 15 km assim, numa tacada só. Foi um bom teste. Mas por que?
Por que ficar todo suado, acabado, troncho depois de correr mais de uma hora e meia? Por que buscar a dor e o sofrimento, se na mesma hora poderia estar sentado bem relax, de banho tomado, com um belo café da manhã para ser degustado? Por que comer uma bananinha sem vergonha, umas outras frutinhas com uma barrinha de cereal e sair por ai correndo?
Você é masoquísta, meu filho? Não, claro que não sou.
A motivação está numa maravilhosa sensação plena da vida, de objetivo atingido, missão cumprida, que toma conta do ser durante e após o término da corrida.
Correndo, mesmo que bem devagar, sente-se a união de muitos, centenas, milhares que lado a lado correm na mesma direção. Sintonia.
Antes do início da prova há confraternização. Sorrisos, abraços, apertos de mão, tapinha nas costas, uma contagiante energia e você ali participando de tudo aquilo. Não há convites, nem convidados. São todos bem vindos. Liberdade e união.
Cabe mencionar que para correr é fundamental treinar, procurar orientações dos especialistas e fazer os exames médicos para saber se está tudo bem.
Essa foi minha primeira São Silvestre, certamente não será a última.
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