Meus sinceros agradecimentos a Natalia do Perdidas na Biblioteca. A entrevista foi postada no blog do Perdidas e para acessá-la segue o link: http://www.perdidasnabiblioteca.blogspot.com/2012/12/entrevista-com-alex-alves.html
Abaixo a entrevista:
Postado por Natalia Eiras
Quem estava ansioso pela entrevista desta semana? Pois é...tive um probleminha ontem e não consegui postar a entrevista, mas aqui estou para remediar este fato! Confiram!
Entrevista com Alex Alves
Alex Cardoso: Você foi comparado a Luis Fernando Verríssimo, no início da carreira, na resenha de Coisas da Terra publicada neste blog. Você se inspirou em Verríssimo quando começou a escrever seus contos?
Alex: Caro Alex, meu xará, muito boa a sua pergunta. Para escrever o "Coisas da Terra" não me inspirei em Veríssimo. Ocorre que realmente gosto e me identifico com o estilo e os textos dele. Costumo lê-los quando estão disponíveis no mercado em formato de livro ou pelo jornal onde ele escreve suas crônicas. Acho que em comum temos o lado espirituoso do humor, curiosidade de escrever sobre os mais variados temas e o estilo literário. Confesso que foi e é uma grande honra ser comparado por esse blog a um consagrado escritor como Luis Fernando Veríssimo.
Manu Hitz: Gostaria de saber como é o processo criativo do escritor. Se a história 'nasce' na cabeça dele, com as ideias se delineando? Ou se ele senta e fica pensando no que escrever? (imagino que não seja assim)
Alex: Olá Manu. A primeira opção é a correta. As histórias surgem nas situações do dia a dia. Na fila de um banco, no passeio com os cachorros pela manhã, dentro do elevador ou num almoço de trabalho. A ideia surge e com ela a vontade de transformá-la em palavras, em história. As duas coisas juntas fazem com que eu olhe para a tela do computador e comece uma viagem. Cada texto tem a sua própria vida e isso é um grande barato.
Manu Hitz: Gostaria de saber qual a maior dificuldade nesse processo de escrita de um livro. Você deixa o personagem crescer e contar a história ou é você quem decide os rumos do personagem? Porque tem personagem tão forte que traça 'sozinho' seu desfecho.
Alex: Estou escrevendo um romance que se chamará "Entre Vidas". Sua pergunta é muito pertinente. Penso que diferentes escritores enfrentam diferentes dificuldades no processo. Não são poucas como você bem deve saber. No caso do Entre Vidas, a história tem um protagonista que não narra a história, eu o faço. Como "dono da obra" tomo as rédeas e as diretrizes sobre os personagens. Gosto mais assim pela liberdade que me proporciona. De fato, existem situações que pela maneira como a história se desenvolve, o personagem começa a traçar o seu futuro e aí o autor torna-se refém da sua própria história. Nada contra, porém prefiro cuidar para que eu tenha a liberdade de "voar" no início, meio e fim da obra. Egoísta? sim, um pouquinho.
Fernanda Yano: O que é mais difícil na vida de escritor?
Alex: Fernanda, que ótima pergunta. Pensei bastante para respondê-la. Várias coisas passaram pela minha mente. Chego a conclusão que o mais difícil na vida de escritor é estabelecer os contatos certos para que a obra chegue nas mãos das pessoas certas e não apenas nas mãos de certas pessoas.
Vanessa Meiser: Gostaria de saber se sua família lê seus livros e se eles te apoiam.
Alex: Vanessa, sim eles lêem. Engraçado você fazer essa pergunta pois na contra capa do meu segundo livro, "A Terra e as Coisas", onde encontram-se informações sobre o autor, o texto termina assim: "... Em 2011, reuniu coragem para organizar e lançar seu primeiro livro, "Coisas da Terra". Amigos e familiares disseram que gostaram bastante! Mas eles são um pouco suspeitos".
Ana Claudia: Em seu livro "Coisas da Terra" você explora contos e poesias, além desses estilos literários você tem vontade ou intenção de lançar outros estilos?
Alex: Oi Ana Claudia, sim. Estou trabalhando num livro, um romance que se chamará "Entre Vidas". É a história de uma pessoa que vive seu passado e seu futuro mesmo tendo adormecido para sempre, aliás, é aí que sua vida começa.
Pretendo lançá-lo no final de 2013.
Ana Claudia: Você já tem trabalho a curto ou médio prazo em mente ou seu publico terá que aguardar um pouco mais para poder ter em mãos seu próximo trabalho!
Alex: Ana Cláudia, acabo de lançar no dia 29 de novembro, o livro "A Terra e as Coisas". O livro envereda e abrange situações do cotidiano desde azeitonas, cachorros, escadas e fotografias até terminologias usadas em nossa língua portuguesa como falácias, prosopopéias e proparoxítonas, num contexto metafórico com o intuito de nos remeter à realidade. O conjunto da obra dá mostras da sua diversidade e o objetivo é a provocação do pensamento, do imaginário ao mesmo tempo permitir ao leitor uma pequena escapada das suas rotineiras preocupações diárias. Este segundo trabalho, não contém poesias, "A Terra e as Coisas" é formado por várias crônicas apenas.
Até o final do ano, pretendo lançar o "Entre Vidas", conforme mencionei na resposta à sua pergunta anterior.
Perdidas: O que você prefere escrever: pequenos contos; uma história única; ou poesia?
Alex: De verdade, prefiro os três. Hoje volto-me mais para o formato de história única porque é desafiador essa coisa da continuidade da história e porque é muito bom criar personagens que te faz entrar em seu mundo.
Gosto muito de pequenos contos porque é aquela coisas da história curta, vapt-vupt, a ideia está ali em poucas linhas, mensagem dada, emoção curtida.
Já poesia é arte, provoca o imaginário, excita o pensamento, cria indagações e te leva a diferentes caminhos apenas com palavras soltas e/ou amarradas.
Perdidas: Qual o seu escritor favorito e por que?
Alex: Gabriel Garcia Marquez pela nitidez que consegue transformar as ideias e histórias em palavras que geram emoções, fantasias. Pela sua imaginação e criatividade. Ele é sensacional!
Perdidas: Qual o livro mais marcante na sua vida?
Alex: Muito difícil selecionar apenas um. Se me permite, alguns livros me marcaram imensamente. São eles: Grande Sertão Veredas de Guimarães Rosa, Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez, O Alquimista de Paulo Coelho, 1984 de George Orwell. As biografias de Abraham Lincoln, J
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