sexta-feira, 11 de julho de 2014

Novo Livro - Entre Vidas

Terminei o livro Entre Vidas, meu primeiro romance-ficção.
Feliz pelo objetivo alcançado.
Por enquanto a obra não foi publicada, quem sabe num futuro próximo!!

Segue a sinopse:

Quantas vezes você pode ser perdoado? Quantas vezes você pode amar novamente?
Quantas vezes você pode dizer adeus? Entre Vidas é uma história sobre recomeços.
A vida de um advogado, seus reencontros, suas descobertas, seu velório.
Ficção, filosofia e os mistério do universo.


segunda-feira, 17 de março de 2014

O silêncio é o alimento da alma. Alma é o sopro da vida. Vida é a alma em silêncio. 

domingo, 16 de junho de 2013

Nuvem

Eu chamo para que venha
Venha momento, me ajude
A esperar a próxima nuvem
Para com ela eu ir
Ao infinito
Olhando pra baixo
Minúsculos riscos
Corpos se batem
Almas se encontram
Num lugar
Chamado Terra
Leva-me nuvem
Para que eu entenda
Compreenda as loucuras da razão
Da existência sem respostas
Amparadas no existir
Do ar inspirado e expirado
Da beleza do mar
A vida rege e oferece
Infinitas possibilidades
Se você pegar carona
Na próxima nuvem

terça-feira, 7 de maio de 2013

A Ponte




Era uma manhã de inverno. Ainda de meias, calça de pijama, o cabelo despenteado, ela desceu as escadas `a caminho da cozinha. Prepara um chocolate quente. Com a xícara na mão, usa-a para esquentá-las, enquanto senta-se no sofá. O controle remoto da televisão estava no mesmo lugar desde a noite passada. Ela alcança os óculos que estavam em cima da mesa, ao lado de uma das poltronas. Um leve e curto gole, o delicioso gosto do chocolate invade sua boca. Olha para televisão, uma tela plana. Nela enxerga seu reflexo, um espelho. Então lembra do sonho que teve durante a noite. Fazia anos que sua mãe tinha partido. A doença que a cometera fora implacável, indócil. Sem nenhuma explicação (como se fosse possível ter uma, como se o mundo fosse justo), sua mãe partira para um outro lugar.
Não acontecia sempre, não era com frequência, mas `as vezes, ela sonhava que estavam juntas. Sua mãe com os cabelos presos, usando um lindo vestido amarelo claro, olhos brilhantes e radiantes de alegria, abria-lhe os braços para abracá-la.
Desta vez, no entanto, o sonho tinha sido mais do que real (como se assim fosse possível). Daí a sua perplexidade, seu espanto, seu silêncio sentada no sofá, de frente para uma televisão desligada. O chocolate ainda estava quente. Os flashes do sonho vinham em sua memória. Lembrou-se de uma ponte enquanto apertou o botão para ligar a televisão.  Era uma linda ponte de madeira clara com ralos flocos de neve nas bordas e parapeitos, as árvores próximas também se faziam cobrir do branco puro dos flocos de gelo. Do outro lado da ponte estava sua mãe, a sua espera. Linda, pura, feliz, encontrava-se em pé com uma pequena parte do vestido teimando em levemente encostar no solo. Uma outra parte, a dos seus sensíveis pés estavam `a mostra. O sorriso, a alegria do outro lado da ponte.
O sonho lhe chegara em sua mente por inteiro. Ela sentia saudades. Por coincidência ou não, a primeira imagem que a tela  plana lhe agraciou foi...de uma ponte. A desta foto em cima.
A mesma em que sua mãe se encontrava `a sua espera.