segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Foco

A revista Vida Simples em sua última edição traz na capa o assunto "Foco". Vale conferir. Em tempos de SMS, mensagens eletrônicas, Facebook, nossas atenções estão sendo disputadas a cada segundo. Seja numa sala de cinema ou na mesa do bar, sem falar durante o nosso trabalho, as pessoas não param de receber, enviar, consultar e buscar informações. Uma loucura cerebral que influencia diretamente nossa visão, audição e tato. Dedos no teclado, olhos na tela, ouvidos no áudio. Vinte e quatro horas por dia, sete dias na semana.
Foco é uma questão de definir o que importa e eliminar o resto. Sabendo onde queremos chegar, fica bem mais fácil eliminar o que não é essencial, diz a reportagem.
O texto de Jeanne Callegari, com intervenções de Pedro Hamdam, traz dicas práticas de como manter o foco na era da distração:
1. Saiba aonde quer chegar. Se ainda não sabe, descubra: se você não tem objetivos claros, começa mil projetos, mas não termina nenhum;
2. A cola da atenção é o interesse. Faça o que gosta: fazer qualquer tarefa que desperte seu interesse é muito mais fácil que realizar algo chato;
3. Se precisa fazer algo chato, dê um jeito de se divertir ou estabeleça uma "recompensa" para quando conseguir realizar a tarefa;
4. Como disse o arquiteto Mies Van Der Rohe, menos é mais: fazer um grande número de tarefas não significa realizar muitas coisas;
5. Faça uma coisa de cada vez: quando nos propomos a fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, o que fazemos na verdade é trocar rapidamente de uma para outra;
6. Limite suas distrações: a atenção é um recurso não renovável, valioso e fundamental;
7. Crie rituais que tornem seu dia menos estressante: crie um ambiente propício para concentração;
8. Aumente os momentos gratificantes em sua vida, dando chance àqueles momentos em que estamos tão absorvidos com uma tarefa que perdemos a noção do tempo;
9. Medite. Faça exercícios: ajudam a realinhar nossa estabilidade e renovar nosso estoque de energia.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vida

Lendo por aí, não sei ao certo onde, deparei-me com a máxima que diz: mais grave do que ter uma vida curta é ter uma vida pequena. Enquanto ainda neste corpo de carne e ossos, vale a pena dar uma parada para pensar no assunto.
Vivem pequenamente aqueles que não enxergam os detalhes das coisas. Aqueles que se acostumam e nem notam o pôr-do-sol quando ele está ali escancarado à sua frente. Pequenamente, vivem os fofoqueiros e espalhadores da discórdia, das intrigas. Os folgados de plantão e preguiçosos. Os imitadores e aqueles que, muitas vezes sem perceber, amarram-se na inveja.
Na vida do pequenês - não confundir com o cachorro pequinês - falta transcendência. Falta o questionamento verdadeiro e, ao mesmo tempo, a crença naquilo que não se pode ver nem tocar.
Falta compreender que, apesar de muitos, somos únicos, e que respeitar, entender e apreciar o milagre da diversidade é o ponto de partida para se ter uma grande vida. Bom senso, equilíbrio e sensatez figuram na lista contra uma vida pequena. Uma alma desprendida, desgarrada, liberta, abre caminhos para o novo, para criações.
Que seja então uma vida curta, mas uma grande vida.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Não é o Dia dos Pais. E daí?

Pai. A importância da palavra é singular. Mais importante é seu significado. Felizmente, fui um dos tantos que ao nascer e crescer tive e tenho um maravilhoso pai. Aqueles que se encontram na mesma situação sabem do que estou falando. Hoje não é "Dia dos Pais". Aliás, estamos bem longe dele. Talvez por isso seja o melhor momento para homenageá-los, dar-lhes um presente.
Pois aqui vai a minha homenagem que foge da tradicional lembrança comprada à véspera do segundo domingo de agosto. Geralmente o mimo é uma bela camisa verde (meu pai é palmeirense, fato que até hoje confesso não entender, embora respeite), um boné, um casaco ou uma loção bem cheirosa para ele usar.
No entanto, o presente neste momento é feito de palavras, sentimentos que, ao contrário das camisas, duram para sempre.
Também sou pai. Esse fato me faz sentir como o meu, em vários momentos. É o ciclo da vida, as águas que passam por debaixo da ponte, o tempo que não para, uma dádiva que me renova o aprendizado, ao refletir sobre os ciclos da vida. Sou pai de uma linda filha e filho de um lindo pai.
Para o seu, para o meu pai, aqueles seres que nos ensinaram a caminhar sozinhos, que permaneceram ao nosso lado e nos deram xarope contra a tosse, que por dias, semanas, meses e anos nos levaram e nos apanharam na escola, que iam ao supermercado comprar as frutas, leite, feijão e chocolates (esse sim motivo de muita alegria naqueles dias), que nos surpreendiam com presentes que sequer esperávamos (o meu me disse no dia anterior que logo na manhã seguinte compraríamos uma bicicleta na Pioneira da Borracha, na época a melhor loja da cidade para se comprar uma. Pensa num menino que passou a noite em claro!), que nas conversas - e foram tantas -, nos repreenderam, nos olharam feio, mas também nos guiaram, aconselharam e, assim, nos deram aquele tão imprescindível empurrãozinho, na esperança de nos estar colocando no caminho da felicidade. Pois então, para os nossos pais, vão essas palavras, essa pequena homenagem, muito singela diante do que fizeram por nós. Sim, um pouco fora de hora. Pensando bem, não há hora certa para tentar traduzir nossos intraduzíveis sentimentos de amor e gratidão por tudo que foram e são para nós.
Valeu, meu pai!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Curiosidades - "The longest way video"

E por falar em determinação. Divido com vocês o vídeo de um rapaz, Christoph Rehage, que andou 4.500km em um ano. Atravessou a China. O vídeo já teve mais de dois milhões de acessos.
O plano inicial era ir a pé até a Alemanha mas depois de passar o deserto de Gobi, cerca de 1/3 do caminho, ele decidiu parar. Durante a aventura ele não cortou os cabelos nem fez a barba.
Como ele mesmo disse:
"Ever since then I have been getting many emails, all of them very kind, mostly asking a number of questions that I seem to have left unanswered:

“Why did you walk?” / “Why did you stop?”
Well, the only thing I can say is that I have been pondering over these questions too…
Some people tell me that they want to do similar things: ride a bike through Africa, walk through Asia, or hitchhike around the Americas. Whatever.

I am not sure what to tell them, but I know one piece of advice:

It doesn’t matter what dream you choose to follow, as long as you have one. Go follow your dream, and laugh while you’re doing it!"

Precisa dizer mais alguma coisa?

Para acessar o video - http://www.youtube.com/watch?v=5ky6vgQfU24&noredirect=1








segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dica da Semana - Tête-à-Tête - Sartre, Simone e o Pacto

Li Tête-à-Tête no ano em que foi publicado, 2006. Até então pouco conhecia sobre Sartre e Simone de Beauvoir. O livro é fascinante. Narra a história de um homem fisicamente nada atraente e uma bela e inteligente mulher que se apaixona pelo filósofo, professor, conquistador. 
Um pacto é firmado entre Sartre e Simone que seriam livres para se relacionarem com outras pessoas.
A base deste pacto era que tudo entre eles seria compartilhado. O verdadeiro amor estaria no poder do desprendimento que ambos teriam, ao aceitar que eram livres para fazer e viver da melhor forma que achassem. Não haveriam cobranças, ciúmes, tampouco inseguranças ou sofrimentos já que os dois sabiam que se pertenciam. O amor acima de tudo e de todos, abaixo as convenções moralistas e hipócritas.
Tête-à-Tête narra uma história de amor nada convencional. Enquanto juntos e separados, Sartre e Simone viveram seus casos à parte, dividiram-se com outros parceiros, tentaram colocar em prática a teoria existencialista. Será que conseguiram? Parte da resposta está neste livro da autora americana Hazle Rowley.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Ah, São Silvestre!

No último dia do ano de 2012, a octagésima oitava corrida de São Silvestre contou com aproximadamente vinte e cinco mil participantes. Fui um destes milhares de corredores que lá estiveram. Completei a prova em uma hora, quarenta e oito minutos e dezenove segundos. Doze mil e cinquenta e nove pessoas cruzaram a linha de chegada, só então foi a minha vez de o fazer.
Ao final, fiquei com pena dos meus pés e das minha pernas, coitadinhos. Nunca corri 15 km assim, numa tacada só. Foi um bom teste. Mas por que?
Por que ficar todo suado, acabado, troncho depois de correr mais de uma hora e meia? Por que buscar a dor e o sofrimento, se na mesma hora poderia estar sentado bem relax, de banho tomado, com um belo café da manhã para ser degustado? Por que comer uma bananinha sem vergonha, umas outras frutinhas com uma barrinha de cereal e sair por ai correndo?
Você é masoquísta, meu filho? Não, claro que não sou.
A motivação está numa maravilhosa sensação plena da vida, de objetivo atingido, missão cumprida, que toma conta do ser durante e após o término da corrida.
Correndo, mesmo que bem devagar, sente-se a união de muitos, centenas, milhares que lado a lado correm na mesma direção. Sintonia.
Antes do início da prova há confraternização. Sorrisos, abraços, apertos de mão, tapinha nas costas, uma contagiante energia e você ali participando de tudo aquilo. Não há convites, nem convidados. São todos bem vindos. Liberdade e união.
Cabe mencionar que para correr é fundamental treinar, procurar orientações dos especialistas e fazer os exames médicos para saber se está tudo bem.
Essa foi minha primeira São Silvestre, certamente não será a última.