Lembro-me que em 1988 li com bastante curiosidade o livro escrito por Mikhail Gorbachev. Naquela época ainda existia a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Um ano depois, em 1989, mais precisamente no dia 9 de novembro, cai o Muro de Berlim e com ele toda a farsa de um sistema. Perestroika é uma relíquia, descreve e admiti a farsa. A palavra significa reestruturação e a edição original do livro foi publicada em novembro de 1987.
O autor disserta sobre a necessidade da União Soviética recuperar o tempo perdido na História, num contexto de reformas econômicas e mudanças políticas. O livro é um extraordinário e importantíssimo documento onde o líder Mikhail Gorbachev expõe suas ideias e diretrizes. Na minha opinião, no entanto, o que mais chama atenção é o fato do livro servir como um testemunho claro e evidente de que o sistema comunista na prática havia sucumbido pegando grande parte do Ocidente de surpresa.
Com a difícil tarefa de liderar um povo que vivia sob regras e ideais ultrapassados e utópicos, Gorbachev então decide vir a público propor uma Perestroika. E o mundo foi o grande beneficiado nessa história toda.
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